Há dias em que vago pelas ruas desviando de olhares e de vozes que me chamam, evito dizer palavras corriqueiras e rotineiras. Eu quero mais. Eu busco mais. E sei que posso mais.
Quero a certeza de dias melhores, de noites insones à procura de algo paupável e real. De passar pela noite sem ver um homem dormindo numa calçada, em frente à uma igreja evangélica. O tempo passsa e nada muda. E eu espero.
A eternidade não existe. Ninguém nunca a experimentou. Nem veio contar.
O faz de conta emudece.
A realidade é pungente. A "terra do nunca," jamais existirá. A minha abstração me afasta do tão real concreto. Sou louca, insana? O que se passa agora pelo mundo? Enquanto eu, medíocre, submissa aos males do mundo, sento-me confortavelmente à frente de meu computador, com a lua cheia adentrando a minha janela, procurando palavras para tentar decifrar o meu enigma.
Por que eu calo o que tanto quero gritar?
O que quero lutar e brigar e vencer?
Por que meu espírito se mantém tão fiel a meu corpo? Porque ele é sua materialização?
São tantos " por quês" que me enoja, me dá pena de mim mesma. Fecho os olhos para àquilo que quero urrar. Calo a minha revolta por coisas absurdas que vejo acontecendo incessantemente.
E...
De novo fecho os olhos.
Adma Pillar
Nenhum comentário:
Postar um comentário