Perfumes: cheiro, emoção e lembranças.
Por Adma Pillar
O perfume é imponente e imperioso na vida de cada um por marcar
acontecimentos, lembranças, paisagens, situações . Por ele ter o poder de nos remeter a um momento por vezes, vivido há tempos e que de forma intensa invade cada um de nós.Nada disso ou tudo isso é por acaso, ao penetrarem nossas narinas, os aromas encontram o sistema límbico, que é responsável pela memória, pelos sentimentos e pelas emoções. Através do “cheiro” nos reportamos a tudo àquilo que nos deixou marcas...E tudo começou em remotos tempos,quando os deuses eram invocados por homens através da fumaça de ervas que liberavam aromas diversos.Neste contexto histórico que surgiu a palavra “perfume”, em latim, “per fumum”, que significa “além da fumaça”.O perfume nasceu há três mil anos e as lendas que embalam sua criação vão mais longe ainda.Saindo da Índia, passando pela Arábia e alcançando seu esplendor com o Movimento Renascentista,sendo a Europa o palco de sua popularidade.O olfato tem o poder de mexer com a imaginação de homens e mulheres, não foi em vão que Jean Jacquess Rosseau afirmou no longíquo século XIX, “que a imaginação voa através do cheiro “.Grande parte das pessoas não se esquecem daquela velha caixa de sabonete que a avó nos deixou., de um perfume que uma pessoa querida usou por anos a fio e não está mais conosco, quando ele , por acaso nos chega pelo ar, a sensação que temos é de que aquela pessoa vai chegar, que está ali, paupável, ao nosso inteiro dispor, que é só estender a mão e poderemos tocá-la e nos inebriar com seu perfume.É mágico o poder do olfato,talvez tão grandioso quanto a visão e tão sensível quanto o tato .Perfume-se, deixe sua marca por onde passar e invoque emoções passadas, presentes e futuras.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Perfume
Carnaval
Por Adma Pillar
“ Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia”.
Recordando o reinado de Momo, pego-me contando à meus sobrinhos e seus amigos, os fantásticos carnavais que pude, junto com os foliões de minha geração, curtir em Itaperuna.
Haviam dois blocos fortes, com uma disputa quente e acirrada, o Roda de Saco, que eu, orgulhosamente fazia parte, e o Irmãos Metralha, e as belas Escolas de Samba, Marca Tempo, Castelo e Vinhosa.
Nossos ensaios aconteciam na quadra do ITC(leia-se Itaperuna Tênis Clube), contando com a participação dos foliões e daqueles que gostavam mas não ousavam pisar na Avenida Cardoso Moreira, palco oficial do tão esperado espetáculo.
Ao contrário de hoje, que a cidade se desnuda em busca das praias, os itaperunenses ausentes lotavam a cidade, prestigiando e participando da maior festa popular do país.
Nos encontrávamos na maloca do ITC para decidir as fantasias e a escolha do samba-enredo, e como fundo musical o rufar dos tambores do Marca Tempo e Roda de Saco, havendo sempre uma magia no ar, na festa onde ninguém é de ninguém e tudo pode ser, basta você querer.Era tudo muito bem, muito divertido e muito esperado, o resultado final era sempre no palanque oficial, que ficava estrategicamente armado em frente ao Colégio Bittencourt (hoje Shopping Bittencourt), até a 4ª feira de Cinzas, quando era feita a apuração dos votos, com direito a muito bate boca e gritos de:roubo, roubo...Afinal, ninguém quer perder!Mas para minha alegria o Roda sempre saia ganhando, por ser, de fato, o mais bonito e empolgante, aquele que levantava a multidão.Mas não ficávamos só nisso não,tínhamos os 4 memoráveis bailes no ITC e 2 matinês, que era decorado lindamente à espera dos apaixonados pelo carnaval daqui e para abrilhantar estes bailes nada mais , nada menos que a Banda do Maestro José Carlos Ligiéro, que dispensa comentários.Pulávamos, cantávamos, nos reencontrávamos com amigos queridos e as calientes paixões que só duravam na folia.Na 4ª feira de Cinzas ( que pena, passou tão depressa !), quando o Maestro dava o acorde final às 5 da matina, a Banda saia do clube e seguida pelos foliões até a prefeitura, entoando aquela musica que virou hino das melhores festas:” Ai, ai ,aiaiai
Está chegando a hora
O dia já vem raiando meu bem
E eu tenho que ir embora!
E sem dúvida, são estes momentos vividos e curtidos que enriquecem-nos e permitem-nos escrever as páginas de nossas vidas como algo intransferível, que ficarão guardados
Para sempre em nossas melhores e mais intensas memórias.
** Em tempo: Façamos uma campanha desde já para que nós , itaperunenses, possamos voltar a esperar o Carnaval, evitando as viagens, podendo sim, curtir e brincar aqui, palco de grandes carnavais.
“ Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia”.
Recordando o reinado de Momo, pego-me contando à meus sobrinhos e seus amigos, os fantásticos carnavais que pude, junto com os foliões de minha geração, curtir em Itaperuna.
Haviam dois blocos fortes, com uma disputa quente e acirrada, o Roda de Saco, que eu, orgulhosamente fazia parte, e o Irmãos Metralha, e as belas Escolas de Samba, Marca Tempo, Castelo e Vinhosa.
Nossos ensaios aconteciam na quadra do ITC(leia-se Itaperuna Tênis Clube), contando com a participação dos foliões e daqueles que gostavam mas não ousavam pisar na Avenida Cardoso Moreira, palco oficial do tão esperado espetáculo.
Ao contrário de hoje, que a cidade se desnuda em busca das praias, os itaperunenses ausentes lotavam a cidade, prestigiando e participando da maior festa popular do país.
Nos encontrávamos na maloca do ITC para decidir as fantasias e a escolha do samba-enredo, e como fundo musical o rufar dos tambores do Marca Tempo e Roda de Saco, havendo sempre uma magia no ar, na festa onde ninguém é de ninguém e tudo pode ser, basta você querer.Era tudo muito bem, muito divertido e muito esperado, o resultado final era sempre no palanque oficial, que ficava estrategicamente armado em frente ao Colégio Bittencourt (hoje Shopping Bittencourt), até a 4ª feira de Cinzas, quando era feita a apuração dos votos, com direito a muito bate boca e gritos de:roubo, roubo...Afinal, ninguém quer perder!Mas para minha alegria o Roda sempre saia ganhando, por ser, de fato, o mais bonito e empolgante, aquele que levantava a multidão.Mas não ficávamos só nisso não,tínhamos os 4 memoráveis bailes no ITC e 2 matinês, que era decorado lindamente à espera dos apaixonados pelo carnaval daqui e para abrilhantar estes bailes nada mais , nada menos que a Banda do Maestro José Carlos Ligiéro, que dispensa comentários.Pulávamos, cantávamos, nos reencontrávamos com amigos queridos e as calientes paixões que só duravam na folia.Na 4ª feira de Cinzas ( que pena, passou tão depressa !), quando o Maestro dava o acorde final às 5 da matina, a Banda saia do clube e seguida pelos foliões até a prefeitura, entoando aquela musica que virou hino das melhores festas:” Ai, ai ,aiaiai
Está chegando a hora
O dia já vem raiando meu bem
E eu tenho que ir embora!
E sem dúvida, são estes momentos vividos e curtidos que enriquecem-nos e permitem-nos escrever as páginas de nossas vidas como algo intransferível, que ficarão guardados
Para sempre em nossas melhores e mais intensas memórias.
** Em tempo: Façamos uma campanha desde já para que nós , itaperunenses, possamos voltar a esperar o Carnaval, evitando as viagens, podendo sim, curtir e brincar aqui, palco de grandes carnavais.
Bate o sino pequenino
Bate o sino pequenino, sino de Belém.
Por Adma Pillar.
Sem dúvida alguma o Natal para mim é a data mais esperada do ano, o que nada tem a ver com presentes, comércio, festa, embora meus Natais tenham sido celebrados com tudo que sempre tive direito, mas fundamentalmente, com um amor e fé grandiosos.Desde menina, minha avó e meu avô esperavam por este dia, quando todos os filhos e netos se juntavam numa grande festa e confraternização.Que gostoso é o clima natalino! Pessoas se encontrando pelas ruas , amigos que não se vêem há tempos, familiares distantes se abraçando, se olhando nos olhos e desejando a paz de Cristo.
Uma troca infinitamente importante de energia, afeto, esperança.O que seríamos sem esperança...? Nada, absolutamente nada.O verde dentro de cada um de nós se faz latente , pulsante, para enfrentarmos a batalha do dia a dia, as dores que todos temos que sofrer e as lágrimas que temos que chorar ao longo da vida.Se sempre passei minha alegria, meu alto astral, saibam que já chorei muito, mas ela , a ESPERANÇA dentro de mim, me fez ter forças e fé para esperar dias ensolarados.Quantas vezes, meus amigos, leitores queridos, a vida se mostra cinza para nós, mas tenham certeza, cinza é toda a teoria, mas verde é a cor da árvore da vida.Nada como um dia atrás do outro, e nada melhor que esta época do ano para reunirmos toda nossa energia e transformar em amor e certeza de que sempre vale a pena, tudo nos faz crescer, aprender, trocar, doar, enfim, vivendo e aprendendo.Não se furte de partilhar, de comemorar o nascimento Daquele que deu a vida por nós.Escrevendo para vocês, chega até a mim, as lindas canções natalinas, o cheiro da árvore de Natal, que fica guardada a sete chaves, durante todo o ano, as bolas lindas e que fazem reflexo, embrulhadas num jornal já amarelado pelos 365 dias de espera, afinal, 1 ano se passou.Temos mesmo que comemorar, rir, e agradecer sim, ainda que às vezes seja difícil viver, tentar sempre vale a pena, repito.
Por amor e de amor...vamos chegar lá.Inda que as lembranças às vezes façam doer, saudade apertada dentro do peito,lembre-se que se sente saudades é porque teve, foi feliz, lembre-se com um sorriso de saudade sim, mas com a certeza de que...COMO FOI BOM!
Por Adma Pillar.
Sem dúvida alguma o Natal para mim é a data mais esperada do ano, o que nada tem a ver com presentes, comércio, festa, embora meus Natais tenham sido celebrados com tudo que sempre tive direito, mas fundamentalmente, com um amor e fé grandiosos.Desde menina, minha avó e meu avô esperavam por este dia, quando todos os filhos e netos se juntavam numa grande festa e confraternização.Que gostoso é o clima natalino! Pessoas se encontrando pelas ruas , amigos que não se vêem há tempos, familiares distantes se abraçando, se olhando nos olhos e desejando a paz de Cristo.
Uma troca infinitamente importante de energia, afeto, esperança.O que seríamos sem esperança...? Nada, absolutamente nada.O verde dentro de cada um de nós se faz latente , pulsante, para enfrentarmos a batalha do dia a dia, as dores que todos temos que sofrer e as lágrimas que temos que chorar ao longo da vida.Se sempre passei minha alegria, meu alto astral, saibam que já chorei muito, mas ela , a ESPERANÇA dentro de mim, me fez ter forças e fé para esperar dias ensolarados.Quantas vezes, meus amigos, leitores queridos, a vida se mostra cinza para nós, mas tenham certeza, cinza é toda a teoria, mas verde é a cor da árvore da vida.Nada como um dia atrás do outro, e nada melhor que esta época do ano para reunirmos toda nossa energia e transformar em amor e certeza de que sempre vale a pena, tudo nos faz crescer, aprender, trocar, doar, enfim, vivendo e aprendendo.Não se furte de partilhar, de comemorar o nascimento Daquele que deu a vida por nós.Escrevendo para vocês, chega até a mim, as lindas canções natalinas, o cheiro da árvore de Natal, que fica guardada a sete chaves, durante todo o ano, as bolas lindas e que fazem reflexo, embrulhadas num jornal já amarelado pelos 365 dias de espera, afinal, 1 ano se passou.Temos mesmo que comemorar, rir, e agradecer sim, ainda que às vezes seja difícil viver, tentar sempre vale a pena, repito.
Por amor e de amor...vamos chegar lá.Inda que as lembranças às vezes façam doer, saudade apertada dentro do peito,lembre-se que se sente saudades é porque teve, foi feliz, lembre-se com um sorriso de saudade sim, mas com a certeza de que...COMO FOI BOM!
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