

Desalento, desesperança
o céu azul-turquesa see faz cinza diante
de minha retina
Meu coração, sempre sedento de emoção,
de sentimentos, que pulsa alegre
Se faz profundamente só
Como uma árvore oca, sem sombra, sem verde
O bater suave do relógio
Me faz lembrar insitente e renitentemente
Há quanto tempo não te vejo
esmiuço minhas entranhas, procurando, procurando exaustivamente
Entro em seu quarto
e não te encontro
Saio em busca de qualquer coisa
que possa me acalentar
Mais uma vez não encontro
Porque hoje me resta a saudade
INFINDA, DOÍDA, PROFUNDA
Que deixou meu olhar sem brilho
Meus lábios sem sorriso
Ouço sua voz
Escuto doces palavras que durante toda a vida
Foram ditas para mim
e que me fizeram infinitamente feliz
Você se foi
Por quê?
O que vale essa linda avenida se você não está sentado lá
contando e lembrando com seus "bons e velhos amigos"
sua rica jornada pela vida?
O que adianta o telefone tocar e eu nunca mais poder ouvir:
-"Minha filha, é seu pai, "tô morrendo de saudades"!
Como enfrentar essa tamanha ruptura de todos os lindos
e fortes sentimentos que nos uniu como um só?
A quem contar meus sonhos e aspirações e só ouvir incentivo e apoio?
A quem paizinho?
Durante a vida toda, te ouvi dizer, ou melhor, profetizar: " Minha filha, quando seu pai morrer, você vai sofrer muiiiiito"!
Adivinhou pai, todo o colorido da minha existência tornou-se pálido, desbotado...
como uma cidade em guerra, onde só se vê, destroços e lágrimas.
Por Adma Pillar Em 04/01/05.
* Mesmo tanto tempo depois, meu coração continua sangrando e isso será para sempre.
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