segunda-feira, 6 de julho de 2009

40 dias depois




Desalento, desesperança


o céu azul-turquesa see faz cinza diante


de minha retina


Meu coração, sempre sedento de emoção,


de sentimentos, que pulsa alegre


Se faz profundamente só


Como uma árvore oca, sem sombra, sem verde


O bater suave do relógio


Me faz lembrar insitente e renitentemente


Há quanto tempo não te vejo


Não ganho seus abraço ,sua presença fundamental em minha vida


esmiuço minhas entranhas, procurando, procurando exaustivamente


Entro em seu quarto


e não te encontro


Saio em busca de qualquer coisa


que possa me acalentar


Mais uma vez não encontro


Porque hoje me resta a saudade


INFINDA, DOÍDA, PROFUNDA


Que deixou meu olhar sem brilho


Meus lábios sem sorriso


Ouço sua voz


Escuto doces palavras que durante toda a vida


Foram ditas para mim


e que me fizeram infinitamente feliz


Você se foi


Por quê?


O que vale essa linda avenida se você não está sentado lá


contando e lembrando com seus "bons e velhos amigos"


sua rica jornada pela vida?


O que adianta o telefone tocar e eu nunca mais poder ouvir:


-"Minha filha, é seu pai, "tô morrendo de saudades"!


Como enfrentar essa tamanha ruptura de todos os lindos


e fortes sentimentos que nos uniu como um só?


A quem contar meus sonhos e aspirações e só ouvir incentivo e apoio?


A quem paizinho?


Durante a vida toda, te ouvi dizer, ou melhor, profetizar: " Minha filha, quando seu pai morrer, você vai sofrer muiiiiito"!


Adivinhou pai, todo o colorido da minha existência tornou-se pálido, desbotado...


como uma cidade em guerra, onde só se vê, destroços e lágrimas.


Por Adma Pillar Em 04/01/05.




* Mesmo tanto tempo depois, meu coração continua sangrando e isso será para sempre.

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